sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Acesso a banda larga tem aumento de 55% este ano no Brasil



Brasil registra 133 milhões de acessos à banda larga em 2013
Aumento foi impulsionado, principalmente, pela banda larga móvel das redes 3G e 4G, responsáveis por 111,4 milhões de conexões
Stênio Ribeiro, da 
Luis Ushirobira/Info
Banda Larga
Cabos de banda larga: Telebrasil informa que banda larga tem apresentado evolução significativa no Brasil, com expansão de mais de seis vezes nos últimos cinco anos

Levantamento da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) registrou 133,7 milhões de acessos à internet em banda larga, em 2013, o que equivale a crescimento de 55% no ano. Aumento impulsionado, principalmente, pela banda larga móvel das redes 3G e 4G, responsáveis por 111,4 milhões de conexões.
A Telebrasil informa que a banda larga tem apresentado evolução significativa no Brasil, com expansão de mais de seis vezes nos últimos cinco anos, tendo passado de 22 milhões para 133,7 milhões de acessos à internet rápida. Só no ano passado foram ativados 47,7 milhões de novos acessos, com ritmo de ativação de 1,5 nova conexão por segundo.
De acordo com a Telebrasil, a banda larga móvel, pelas redes de 3G e 4G, cresceu 69% em 2013, comparado a 2012. Das 111,4 milhões de conexões, 96,1 milhões partiram de telefones celulares, incluindo os smartphones, e 15,3 milhões foram por meio de terminais de dados, entre os quais modems de acesso à internet e chips de conexão máquina-máquina (M2M).
A expansão também se deu na cobertura das redes de banda larga móvel, que cresceu 6%, com a ativação de 191 novos municípios em 2013. Ao todo, as redes de terceira geração estão instaladas em 3.476 municípios, onde moram 90% dos brasileiros. Esse total de municípios supera em mais de três vezes as obrigações de cobertura, que previam a conexão de 928 municípios até abril de 2013.
A nova tecnologia de quarta geração, que permite velocidade de conexão à internet até dez vezes mais rápida que a 3G, tem 1,3 milhão de acessos, e chega a 80 cidades, que concentram 32% da população brasileira. A adoção do 4G no Brasil segue o mesmo ritmo de adoção do 3G, que também levou dez meses desde o início da comercialização para alcançar 1,3 milhão de acessos.
Na banda larga fixa, os acessos somaram 22,3 milhões no fim de 2013. Desse total, 2,2 milhões de conexões foram ativadas nos últimos doze meses, com crescimento de 11% no período. A quantidade de acessos em banda larga fixa significa que 39% dos domicílios brasileiros urbanos têm internet de alta velocidade.
A infraestrutura de banda larga fixa está presente em todos os municípios brasileiros e, por meio dessa rede, as concessionárias atendem com banda larga gratuita mais de 66 mil instituições públicas de ensino fundamental e médio, vinculadas ao Programa Banda Larga nas Escolas.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Internet Livre: Plataforma do Partido Pirata na Campus Party


Partido Pirata apoiará internet livre na Campus Party
Os defensores da internet livre chegam ao evento em meio ao planejamento do segundo encontro nacional, que deve ocorrer entre março e abril deste ano
com: Gustavo Gusmão, de  

INFO
Filipe Ricardo, um dos coordenadores do Partido Pirata em São Paulo
Filipe Ricardo, um dos coordenadores do Partido Pirata em SP: à 1h da manhã de quinta para sexta, apresentação discutirá espionagem praticada pelos EUA e o Marco Civil


Um dos grupos a marcar presença na Campus Party 2014 é o do Partido Pirata, trazendo mais de uma dezena de representantes de todo o Brasil.

Os defensores da internet livre chegam ao evento em meio ao planejamento do segundo encontro nacional, que deve ocorrer entre março e abril deste ano, e para realizar duas palestras durante a madrugada da feira.

Durante a semana - à 1h da manhã de quinta para sexta -, a apresentação discutirá a espionagem praticada pelos EUA e o Marco Civil da Internet.



O grupo anunciou a retirada do apoio à lei em dezembro passado, mesmo tendo participado da primeira reunião de elaboração do projeto e até de mandar sugestões quando a legislação foi aberta à consulta pública.

Os motivos deverão ser explicados durante a apresentação, mas Leandro Chemalle, coordenador do Partido na região sudeste, adiantou a INFO que o projeto, de certa forma, "desandou" quando chegou ao Congresso. "Apoiamos o Marco Civil montado coletivamente", disse, mostrando a preferência do Partido pela versão original da lei, sem os "pitacos" dados pelos políticos e suas influências.

Já entre sexta e sábado, também à 1h, a palestra falará sobre a formação do Partido Pirata e a criação de um coletivo. O próprio grupo, aliás, surgiu como uma "reunião" de apoiadores do movimento pirata, durante a Campus Party de 2009.



Apenas em 2012, na CP de Recife, ele foi de fato fundado, com direito à realização da primeira Assembleia Nacional do Partido Pirata.

Formalização do grupo - Conforme afirmaram Ricardo Fukeu e Filipe Ricardo, coordenadores do Partido em São Paulo, a meta agora é tornar o movimento político de fato, ganhando o direito de participar de eleições. Falta apenas uma aprovação vinda do STE, que eles esperam para daqui "um ou dois meses", para começar a coleta de assinaturas. "Já teríamos iniciado isso há tempos, não fosse por esse detalhe", disse Fukeu.

Com a autorização, ainda será preciso captar e validar 500 mil assinaturas de eleitores, de todos os estados brasileiros. A ideia é evitar problemas como o que afetou a política Marina Silva e seu Rede e Sustentabilidade, que não foi criado mesmo com cerca de 800 mil nomes. A expectativa é consegui-las ainda neste ano, para que até 2016 o Partido Pirata consiga disputar eleições oficialmente.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

LENTA, VELOCIDADE DA INTERNET NO BRASIL FICA ATRAS DO IRAQUE.


Brasil é 84º país em velocidade de internet, atrás de Equador e Iraque



O Brasil ficou na 84ª posição no ranking global de velocidade de conexão de Internet no terceiro trimestre, tendo caído quatro posições em relação ao mesmo período do ano anterior, informou nesta terça-feira (28) o estudo State of The Internet, da empresa de segurança on-line Akamai.

O país apresentou velocidade média de 2,7 Mbps, crescimento de 10% em relação ao segundo trimestre de 2013 e de 19% sobre mesmo período do ano anterior. Mesmo assim, o país caiu do 80º lugar que estava no trimestre anterior, com 2,4 Mbps. O ranking é formado por 140 países.

O Brasil tem internet média mais lenta que a de países como Argentina (2,8 Mbps), Azerbaijão (2,9 Mbps), Cazaquistão (3,5 Mbps), Colômbia (3 Mbps), Equador (3,6 Mbps), Iraque (3,1 Mbps) e pouco superior à dos africanos Gana (2,5 Mbps) e Libéria (2,6 Mbps).

A média global de velocidade de conexão foi de 3,6 Mbps no período de julho a setembro.



O estudo, que considera países que tenham mais de 25 mil endereços de IP conectados à rede Akamai, identificou que na América Latina, a velocidade média de conexão variou de 3,9 Mbps, no México, a 1,1 Mbps, na Bolívia. No ranking global, os países estão na 57ª e 136ª colocação, respectivamente.

ATAQUES

Durante o período analisado, o relatório identificou tráfego de ataques a partir de 185 países ou regiões, dez a menos do que o verificado no trimestre anterior, e que traz a China como a fonte de ameaças de maior volume observado, com 35%.

A Indonésia, que trocou de posição com a primeira colocada, aparece em segundo lugar, com 20 por cento, e os Estados Unidos permaneceram na terceira colocação, com 11 por cento dos ataques. O Brasil figura em 6º lugar, com 2,1%.




OS MAIS VELOZES :
Coreia do Sul
Japão
Hong Kong
Holanda
Suíça
República Tcheca
Letônia
EUA
Bélgica
Irlanda

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Campus Party comeca hoje em SP com muita badalacao.


Campus Party começa nesta segunda e reúne fãs de tecnologia em São Paulo

com:  UOL
Campus Party 2014: veja destaques do evento em SP para fãs de tecnologia 

Na sua sétima edição, a Campus Party Brasil começa nesta segunda-feira (27) e vai até o dia 2 de fevereiro no Anhembi Parque, em São Paulo. O evento reúne fãs de tecnologia que aproveitam uma conexão de 40 Gbps (Gigabits por segundo). Na manhã da segunda-feira, diversos campuseiros já aguardavam em fila para entrar no evento. Os portões são abertos ao meio dia Juliana Carpanez/UOL

Na sua sétima edição, a Campus Party Brasil começa nesta segunda-feira (27) e vai até o dia 2 de fevereiro no Anhembi Parque, em São Paulo.

O evento reúne fãs de tecnologia que aproveitam uma conexão de 40 Gbps (Gigabits por segundo). Os 8.000 ingressos postos à venda que dão acesso à arena com internet estão esgotados. Ainda assim, o público em geral pode aproveitar a área gratuita de expositores, chamada de Open Campus, até sábado.

Segundo a organização, são esperadas cerca de 160 mil pessoas no Open Campus. No local também ocorre a etapa brasileira do Intel Extreme Masters, campeonato mundial de games. 

Veja abaixo as atividades para campuseiros e não campuseiros:

- Campuseiros -

Quais são as principais palestras?


POR QUE IR À CAMPUS PARTY?


Bruce Dickinson, vocalista da banda Iron Maiden, é a atração principal. Dickinson é empresário de sucesso na área de aviação graças à sua escola de formação de pilotos (Real World Aviation) e também proprietário de uma empresa de manutenção de aeronaves, a Cardiff Aviation.

Outros palestrantes serão Marcelo Ballona, cofundador do Submarino; Leo Johnson, cofundador da Sustainable Finance Ltd, conselheiro em sustentabilidade em mais de 50 bancos; e Andreas Gal, vice-presidente da área mobile da Mozilla.

Completam a lista Joseph Olin, membro adjunto do programa de videogame da University of Southern California e um dos responsáveis pelo lançamento da franquia Tomb Raider; Maickel Melamed, embaixador da Boa Vontade das Nações Unidas na Venezuela; Mark Levalle, atual Senior VP de desenvolvimento de negócios e estratégia de PayPal; e Sean Carasso, empreendedor social e fundador do projeto Falling Whistles, campanha pela paz no Congo.

Quais são os palcos?
O evento foi divido em palcos, onde ocorrem as atividades, que receberam nomes de personagens da história: Galileu, Michelangelo, Gutenberg, Pitágoras, Sócrates, Arquimedes, Hypatia e Stadium. Os palcos discutirão temas como astronomia, robótica, nanotecnologia, design, fotografia, mídias sociais e blog, sistemas operacionais, software livre, segurança e redes, empreendedorismo, games e simulação e TV digital.

PARAÍSO DO DOWNLOAD, CAMPUS PARTY TAMBÉM BLOQUEIA CONTEÚDO


O que levar
- Computador (desktop ou notebook), com CPU, monitor, mouse, teclado, CD-ROM, disco rígido, e fones de ouvido (amplificadores estão proibidos).
- Roteador (não há Wi-Fi na Arena, mas é permitido usar o aparelho para compartilhar a rede do evento)
- Roupa confortável e quente, para o frio que pode fazer à noite;
- Documentos, cartão de crédito e/ou dinheiro;
- Medicamentos, no caso de alergia ou diabetes, por exemplo; é recomendável, ainda, levar remédios básicos como antinflamatórios e analgésicos;
- Carregador de celular;
- Cadeados;
- Tomadas (benjamim ou placas) para a corrente elétrica, adaptadores, cabos de alimentação da CPU e do monitos, conectores e conversores;
- Para acampados: um saco de dormir ou um colchão inflável, um cobertor e um isolante térmico para o piso;
- Toalhas para o banho e produtos de higiene pessoal: escova de dentes, creme dental, desodorante, sabonete, xampu etc;
- Cordas e pregadores para pendurar roupa ou um saco apenas para guardá-las;
- Fita adesiva para empacotar e guardar os equipamentos ao fim da Campus Party.

Campus Party: Kit de sobrevivência nerd tem salgadinho, energético, pelúcia e itens curiosos37 fotos2 / 37
Quem dispensa o pacote de alimentação (vendido pela organização), precisa levar de casa alguns itens para ""enganar o estômago"". Entre eles, quantidades exorbitantes de biscoito e macarrão instantâneo Leia mais Rodrigo Paiva/UOL

O que fazer quando chegar
Todo participante deverá fazer o credenciamento e identificar os equipamentos trazidos. Os portões serão abertos ao meio-dia do dia 27 de janeiro.

Como funciona o camping
Não será permitido o uso de barracas que não as fornecidas pelo evento. Mas é recomendável levar saco de dormir ou colchão inflável, cobertor e isolante térmico para o piso. O acampamento será coberto, dentro da Campus Party, por isso não é necessário levar outros artigos como lona de proteção.

Cuidados de segurança
Dentro da Campus Party, é recomendado aos participantes levar sempre consigo a documentação, o dinheiro, o cartão de crédito, a câmera fotográfica, o telefone celular etc. e não os deixar na barraca. Todo equipamento ganhará um adesivo com o número da credencial do participante.

Uma mochila pode ser a solução para todos os equipamentos. É recomendado aos participantes que levem cadeados próprios para as barracas e computadores nas bancadas.

Haverá serviço de segurança 24 horas em todas as áreas, mas a organização não se responsabiliza por furtos ou roubos de materiais ou qualquer objeto pessoal. Por isso, não é recomendável abandonar os pertences sem vigilância ou cadeado.

Participante da Campus Party deve ter cuidado com segurança; veja dicas14 fotos1 / 14
Em um evento que reúne cerca de 8.000 pessoas em São Paulo, não custa redobrar a atenção com a segurança. Embora a organização da Campus Party identifique os computadores levados ao evento e seus respectivos donos, algumas medidas podem evitar uma ""futura"" dor de cabeça tentando recuperar itens furtados, roubados ou danificados. E atenção: no regulamento do evento, a organização diz que não se responsabiliza por furtos ou roubos de materiais ou qualquer objeto pessoal. Na foto, segurança da Campus Party 2012 confere computador e identidade de participanteLeia mais Divulgação/Flávia de Quadros/indicefoto.com

Onde comer?
A alimentação para quem acampa é um serviço pago à parte. Existe um restaurante self-service dentro da Arena, além de lanchonetes. Fora da Arena, há uma praça de alimentação.

O que fazer no último dia
Na saída, os campistas poderão levar a barraca. Haverá inspeção manual de todas as mochilas e malas e, possivelmente, filas. É recomendável programar-se e desmontar a barraca e o equipamento com antecedência, pela manhã. O serviço de internet será desligado ao meio-dia do dia 2 de fevereiro.

- Não campuseiros -

O público em geral pode aproveitar a área Open Campus, gratuita, que traz stands de empresas da área de tecnologia (cada um tem uma programação própria de atividades).

Nesta edição, além dessa área de stands, os participantes poderão acompanhar palestras com assuntos de caráter formativo e empreendedor.

Na área Startup e Makers Camp estarão 300 empresas iniciantes, previamente selecionadas pela organização da Campus Party, que apresentar seus projetos e ideias em busca financiamento.

Nas salas de formação, professores, trabalhadores independentes e de pequenas e médias empresas terão a oportunidade de ver como as novas tecnologias são aplicadas em seu setor.

Por último, a etapa brasileira do Intel Extreme Masters, campeonato de games, estará pela terceira vez na Campus Party, trazendo campeões de diversos países para a disputa.

Veja abaixo as atividades realizadas na última edição do evento:

Área gratuita da Campus Party teve videogames retrô e computadores38 fotos1 / 38
Na Campus Party 2013, a zona de exposições traz uma série de atividades gratuitas para visitantes do evento, que vai até dia 3 de feveiro e é realizado no Anhembi Parque, em São Paulo. Na foto, estande do Grupo Segurador Banco do Brasil e a Mapfre traz fliperamas com games clássicos como Mortal Kombat e Street FighterGuilherme Tagiaroli/UOL

Como chegar
O Anhembi está localizado próximo a vias expressas como Marginal Tietê e Av. Santos Dumont, ao Terminal Rodoviário Tietê (interestadual/internacional) e à estação Tietê do metrô. Segundo a organização do evento, partindo do Tietê, o acesso pode ser feito por táxis ou pela linha de ônibus 9701-10 Hospital Cachoeirinha.

Serviço
Campus Party Brasil 2014
Quando: De 27 de janeiro a 2 de fevereiro. Os portões serão abertos a partir das 12h do dia 27 de janeiro para quem acampa
Onde: Anhembi Parque - Avenida Olavo Fontoura, 1.209, São Paulo
Quanto: Ingressos esgotados (é possível visitar área de exposições gratuita)
Mais informações: www.campus-party.com.br

domingo, 26 de janeiro de 2014

Maior premio do FACEBOOK a cacador de bugs da historia fica com brasileiro


Brasileiro recebe maior prêmio do Facebook após encontrar bug
Reginaldo Silva recebeu R$ 80 mil, a maior recompensa da história da rede social após encontrar brecha de segurança
Gustavo Gusmão, de 



Bloomberg
Facebook
Facebook: premiação vem por meio do programa Facebook Bug Bounty, inaugurado pela rede social em novembro passado


O Facebook pagou, nesta última semana, a maior recompensa da história da rede social a um “caçador de bugs”: 33,5 mil dólares, ou cerca de 80 mil reais. O premiado foi o mineiro Reginaldo Silva, engenheiro da computação de 27 anos, que encontrou uma brecha de segurança que permitia a execução de códigos remota afetando os servidores do site.

A premiação vem por meio do programa Facebook Bug Bounty, inaugurado pela rede social em novembro passado. Silva reportou à empresa todo o procedimento feito até chegar à falha, que foi logo corrigida pelos engenheiros do próprio site – todo o longo processo, aliás, você pode conferir aqui. O valor entregue ao brasileiro foi definido de acordo com a gravidade da brecha – e pela alta soma, dá para imaginar o estrago que o bug poderia causar se tivesse sido descoberto por um cracker.

Hoje residente em São José dos Campos (SP), o mineiro formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) falou ao site INFO sobre sua carreira como especialista em segurança da informação e caçador de bugs – e ainda dá algumas dicas para quem quer começar na área.

Primeiro, quando você começou a se interessar e a procurar por bugs de segurança pela internet? E qual foi o primeiro que encontrou?

Eu me interesso por segurança da informação já há 10 anos, e meio que decidi fazer carreira nessa área. A primeira falha que encontrei pela internet foi em um framework para programação Web em Java, chamado Play Framework. O processo para isso é sempre o mesmo: ler o código fonte do software pacientemente, enumerar os problemas – por mais simples que sejam – e ver as maneiras pelas quais eles podem ser explorados. Mas quando o código fonte não está disponível, é na base da tentativa e erro mesmo.



Até hoje, quantas falhas já achou? Todas renderam algum tipo de recompensa? 

Estimo que algumas centenas, somando os bugs que acho atuando profissionalmente e os de vários programas de recompensa ao redor da internet. Procuro bastante por falhas também em software de código livre, então muitas das que acho não rendem nenhuma recompensa financeira imediata. A principal é mesmo ter o trabalho reconhecido e saber que estou contribuindo para uma internet mais segura. E como também atuo como consultor, a notoriedade gerada pela associação do meu nome à descoberta de falhas importantes ajuda a atrair clientes.

Antes de receber essa recompensa do Facebook, você já havia parado até em um hall da fama do Google. Como isso aconteceu? 

O Google mantém um "hall da fama" que lista os pesquisadores que mais relataram falhas de segurança à empresa. Como reportei alguns problemas ao longo de 2012 e 2013, acabei indo parar nessa lista. 

PS.A tabela foi criada em novembro 2010, junto do programa de recompensas do Google. Ela é atualizada de três a quatro vezes por ano, e Reginaldo Silva não é o único brasileiro na lista.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Empresas anunciam BANDA LARGA mais rapida do mundo.


Empresas testam banda larga que transmite 44 filmes por segundo

Com informações da BBC - 

A transmissão com luz torcida parece mais promissora, embora ainda esteja em estágio de laboratório.[Imagem: Wang et al./Nature Photonics]


Duas empresas de telecomunicações afirmam ter alcançado "as velocidades mais rápidas do mundo" na transmissão de dados.

Os testes, que foram realizados em Londres, criaram uma "via expressa" na rede de banda larga convencional.

A Alcatel-Lucent e a BT disseram ter transmitido 1,4 terabyte por segundo, o equivalente a 44 filmes em alta definição por segundo - sem necessidade de nenhum tipo de compactação dos dados.

Segundo as empresas, a técnica permitiu um ganho de 42,5% na eficiência do uso da rede.



Os testes foram feitos em cabos de fibra óptica entre a torre da BT em Londres e a cidade de Ipswich, que fica a 410 quilômetros de distância.

A técnica consistiu em estreitar as "vias" usadas para transmitir dados na fibra óptica, abrindo espaço para uma "via expressa", onde os dados podem trafegar mais rapidamente.

Apesar do aparente sucesso - os técnicos afirmam que os dados foram enviados sem erros - as empresas não têm planos imediatos para oferecer esse serviço no mercado. Para as empresas, a importância do teste foi o fato de ele ter sido todo feito com a infraestrutura já existente, sem necessidade de investimentos adicionais.

Recentemente, pesquisadores suíços anunciaram o desenvolvimento de uma técnica simples que coloca 10 vezes mais dados nas fibras ópticas, sem estreitar as "vias", o que eventualmente pode reduzir o risco de erros de transmissão.



Ainda em estágio de desenvolvimento, transmissões usando luz torcida atingiram 2,5 terabits por segundo, quase o dobro da velocidade alcançada agora pelas duas empresas.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Velocidade minima. Exigencia para o leilao dos 700Mhz


Edital de 700 MHz exigirá velocidade mínima para banda larga
Intenção da Anatel é que, pela primeira vez, o foco não seja mais na cobertura do serviço, mas, sim, na oferta

Pessoa usa internet no celular
PhotoAlto/Frederic Cirou/Getty Images
Pessoa usa internet no celular: exigência será para que haja ofertas de determinadas velocidades de serviços de banda larga móvel


O edital de licitação das faixas de 700 MHz, que está sendo desenhado pela Anatel, deverá trazer pelo menos uma mudança conceitual muito importante em relação aos demais editais para faixas de espectro realizados até aqui. 

A intenção da Anatel é que, pela primeira vez, o foco não seja mais na cobertura do serviço, mas, sim, na oferta.Com isso, em lugar de exigir que a cobertura dos 700 MHz esteja em um determinado número de municípios, a exigência será para que haja ofertas de determinadas velocidades de serviços de banda larga móvel. 

Num exemplo hipotético do que se deve esperar do edital, a agência pode dizer que em municípios com mais de 50 mil habitantes deverá haver, necessariamente, ofertas de banda larga móvel acima de 10 Mbps em tanto tempo, e 15 Mbps em tanto tempo.

O que já se sabe é que serão metas ambiciosas, muitas delas de longuíssimo prazo (15 anos, por exemplo). A boa notícia para as empresas é que esse atendimento provavelmente poderá ser feito por qualquer espectro e tecnologia que elas tenham disponível. Inclusive faixas não-licenciadas (Wi-Fi) poderão ser utilizadas.Mas a engenharia para que se chegue a que tipo de oferta será exigida e em que municípios não é simples, porque a agência precisa ter um dimensionamento real do que existe de infraestrutura hoje e estimar o que existirá no futuro. A Anatel está trabalhando para consolidar uma informação essencial, mas que a agência ainda não tem: qual o quadro real da estrutura de backhaul e backbone das redes móveis atuais. Ou seja, a agência quer saber, no limite, qual é a rede que dá suporte a cada estação radiobase (ERB), para, a partir daí, poder projetar o custo de obrigar as empresas a terem determinadas ofertas de banda larga móvel. Essa equação é essencial para saber o preço que será estabelecido para a faixa de 700 MHz.Além da exigência de oferta de determinadas qualidades de serviço, a agência deverá incluir no edital obrigações em relação ao backhaul das ERBs, determinando os casos em que essa estrutura deverá ser necessariamente ótica e quando isso não é necessário.
Outra implicação importante dessa nova forma de colocar as exigências é que estabelecendo que as ofertas deverão ter padrões mínimos de velocidade, a Anatel acabará tornando mais complicada a cobrança sobre os indicadores de qualidade das empresas. 
Isso porque o Regulamento Geral de Qualidade do SMP exige padrões de qualidade que são relativos à velocidade estabelecida em contrato. O que as empresas fizeram foi deixar de comercializar os pacotes de banda larga por velocidade e passaram a comercializá-los por franquia de dados ou por termos genéricos, como "velocidade 4G", ou "velocidade 3G", mas colocam em contrato velocidades mínimas baixas. 
Se prevalecer a ideia da Anatel de estabelecer os patamares de velocidade na oferta como obrigação do edital, esse problema metodológico deve sumir. De outro lado, a vida das operadoras fica mais complicada.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Dr. Nicolelis tem vitoria contra o mal de Parkinson

Equipe de Nicolelis cria técnica que reduz dano do Parkinson

Estudo liderado por Miguel Nicolelis confirmou potencial uso da estimulação elétrica da medula espinhal como tratamento de longo prazo de sintomas do Parkinson

Estímulo elétrico em roedores para pesquisar tratamento a longo prazo da doença de Parkinson




























Estímulo elétrico em roedores: experimentos mostraram que movimentos lentos e rígidos dos animais foram substituídos por comportamentos ativos com o tratamento 


O exoesqueleto robótico que fará uma criança tetraplégica dar o chute inicial da Copa do Mundo não é o único projeto do brasileiro Miguel Nicolelis. Um novo estudo liderado pelo neurocientista confirmou o potencial uso da estimulação elétrica da medula espinhal como tratamento de longo prazo dos sintomas motores da doença de Parkinson.

O trabalho é uma parceria do Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke e de IINNELS. O artigo foi publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature, nesta quinta-feira (23).

A pesquisa apresentou avanços no tratamento do Parkinson com a estimulação elétrica da medula espinhal em roedores. Segundo o artigo, a técnica – em longo prazo – conseguiu reduzir os tremores e danos na locomoção de camundongos com a doença. Além disso, protegeu neurônios cerebrais de uma possível deterioração.

A doença de Parkinson é causada pela perda progressiva de neurônios produtores de dopamina, uma molécula essencial no cérebro responsável por controlar o movimento e o equilíbrio.



A pesquisa de Nicolelis começou em 2009. Na época, a revista Science publicou um artigo sobre a criação de um aparelho de estimulação elétrica para roedores com baixo nível de dopamina, uma das características da doença de Parkinson.

Os experimentos mostraram que os movimentos lentos e rígidos dos animais foram substituídos por comportamentos ativos com o tratamento. A aplicação da técnica em longo prazo teve resultados promissores.

As cobaias receberam estímulos elétricos duas vezes por semana, por 30 minutos, durante seis semanas. A melhora nos movimentos foi expressiva e houve reversão da perda de peso severa. Os primeiros resultados apontam também que os animais não sofreram danos neurológicos.

Além dos sintomas, a estimulação foi associada a uma melhor sobrevivência dos neurônios. Os resultados sugerem que o tratamento protege contra a perda ou dano dos neurônios.

Os experimentos já foram feitos em um pequeno número de seres humanos em todo o mundo. No futuro, a terapia pode se tornar uma alternativa ao uso de medicamentos que reduzem os danos da doença, mas que têm efeitos colaterais e que perdem a eficácia ao longo do tempo.

Os pesquisadores continuam a investigar como estimulação da medula espinal funciona. Também começarão a explorar o uso da tecnologia em outras desordens motoras neurológicas.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

TV Paga cai nos EUA. Video por demanda sobe.


Assinantes de TV paga caem e vídeo sob demanda sobe nos EUA
Segundo o estudo, em março de 2012, 38% dos lares nos Estados Unidos assinavam canais premium de TV paga. Em agosto de 2013, esse número caiu para 32%
com:



Um estudo divulgado pelo NPD Group indica que nos Estados Unidos o número de assinantes de canais premium de TV por assinatura, como HBO e Showtime, diminuiu nos últimos dois anos, enquanto o número de usuários de serviços de vídeo sob demanda por assinatura (SVOD), como o Netflix, aumentou.

Segundo o estudo, em março de 2012, 38% dos lares nos Estados Unidos assinavam canais premium de TV paga. Em agosto de 2013, esse número caiu para 32%. Já para os serviços de SVOD, no mesmo período, o estudo indica um aumento de 23% para 27% dos lares com assinaturas.



Ainda de acordo com o estudo, o Netflix continua sendo o principal serviço de vídeo on demand por assinatura, mas Hulu Plus e Amazon Prime registram maiores taxas de crescimento.

O estudo também aponta que o modelo SVOD representa 71% de todas as transferências pagas de vídeo digital, apresentando, ainda, taxas de crescimento superiores às de outros modelos.

O Netflix atingiu 31,1 milhões assinantes nos Estados Unidos no fim do terceiro trimestre de 2013, 24% a mais que no ano anterior.

O estudo do NPD tem como base informações de transação de 450 mil usuários e uma pesquisa realizada com 7,5 mil consumidores.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Novo cabo submarino entre Brasil e Europa deve ser construido a partir de julho


Novo cabo submarino entre Brasil e Europa deve baratear internet



A construção do novo cabo submarino de fibra óptica que vai ligar o Brasil à Europa deve começar a partir de julho. A expectativa é que em 2016 ele já esteja em plena atividade. O projeto, estimado em 185 milhões de dólares (cerca de 430 milhões de reais) dará ao Brasil uma alternativa de transmissão de dados via internet.

A Telebrás estima que o novo cabo deva gerar uma economia em torno de 15% em relação aos custos atuais – e parte disso poderia ser repassada ao consumidor. As tubulações sairão de Fortaleza, chegarão a Portugal e deverão acelerar o fluxo de informações entre o Brasil e o continente europeu.

"Esse novo cabo submarino possibilita a conexão direta com o continente europeu, diminuindo a latência, ou seja, o tempo de resposta das transmissões. Espera-se que com isso haja uma diminuição do custo", conta à DW Brasil o coordenador do projeto de cabos submarinos da Telebras, Ronald Valladão.



Atualmente, qualquer comunicação digital precisar passar pelos Estados Unidos. Ou seja, quando um usuário da rede na América do Sul digita um endereço de um site hospedado em um servidor na Europa ou Ásia, essa informação segue primeiro para os EUA, de onde é enviada para o destino. Assim, é necessário pagar duas vezes para que esses dados sejam transmitidos.

Cerca de 80% do tráfego de dados sul-americanos ocorrem dessa forma. O Brasil possui apenas uma ligação direta entre América do Sul e Europa, o cabo Atlantis II. Porém, além de ser antigo e possuir uma capacidade limitada, ele é usado quase que exclusivamente para a telefonia.

Além do Atlantis II, o país possui outros quatro cabos submarinos, todos ligando o Brasil aos Estados Unidos.



Sem relação com espionagem

A medida, anunciada na última semana, faz parte do projeto do governo federal para expandir a infraestrutura de banda larga no país, descentralizando assim esse processo que atualmente tem como base os Estados Unidos. As denúncias do esquema de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana não teriam sido decisivas para o anúncio da construção do novo cabo submarino.

"A motivação para o lançamento do cabo é econômica, um ganho adicional é a questão da segurança, mas ele seria lançado independentemente dessas revelações com relação à NSA", afirma Valladão. Segundo o coordenador do projeto, a implementação dessa nova ligação aumentará a segurança de transmissões, pois elas estarão livres da ação direta da agência americana.

Além de proporcionar mais segurança e melhor qualidade de serviço, o projeto de infraestrutura pode diminuir as tarifas de internet. "Para o consumidor, a tendência é que caia o preço, com maior qualidade e também maiores taxas de transmissão. Com esse cabo está se criando a facilidade de ter vários links de banda larga e de ela ser compartilhada por vários", opina Mario Dantas, professor do departamento de Informática e Estatística da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).



Infraestrutura privada

O cabo será construído e operado por uma empresa privada brasileira, a chamada JVCo (Joint-Venture Company), que ainda está sendo formada. A Telebras possuirá 35%, a espanhola IslaLink Submarine Cables ficará com 45%, e outro sócio brasileiro, provavelmente um fundo de investimentos, terá os 20% restantes.

Além desse projeto, o Brasil tem outros planos na expansão dessa infraestrutura, que prevê a criação de um chamado anel óptico sul-americano. Ele deverá ligar os 12 países do continente por cabos de fibra óptica, além de conectá-los à África e à Europa. Ao todo, cerca de 10 mil quilômetros de cabos de fibra óptica devem ser construídos.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

95% dos Caixas eletronicos em todo mundo usam Windows XP

Windows XP está em 95% dos caixas eletrônicos pelo mundo

Sistema operacional perderá suporte em abril, e bancos ainda não atualizaram suas máquinas; no Brasil, estatais estão livres de riscos, mas particulares não

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FastJack / Flickr
Caixa eletrônico com Windows XP
Caixa eletrônico com Windows XP: quem tomará o lugar do XP na maior parte dos hardware bancários será o W7, segundo o Verge


Faltando poucos meses para perder parte do suporte dado pela Microsoft, o Windows XP ainda está presente em 95% dos caixas eletrônicos pelo mundo. A informação preocupante foi dada à Bloomberg BusinessWeek por Robert Johnston, diretor da NCR, a maior fornecedora de aparelhos do tipo nos Estados Unidos.

Lançado em 2001, o sistema operacional passará a receber, a partir de abril, atualizações apenas para seus software de segurança.

Portanto, brechas no próprio SO que por ventura forem encontradas por hackers e crackers seguirão abertas. Assim, caixas eletrônicos que seguirem utilizando o XP podem ficar progressivamente mais suscetíveis a ataques que se aproveitarem desses “buracos”.



Ao site The Verge, a NCR afirmou que, ao menos nos EUA, a maioria dos equipamentos utiliza a versão normal do XP, justamente a afetada pelo encerramento de abril. Uma pequena parcela, no entanto, usa o Windows XP Embedded, mais "fechado" e com suporte garantido até 2016 – o que ainda dá a alguns bancos de lá dois anos a mais para atualizar as máquinas.

Substituição – Quem tomará o lugar do XP na maior parte dos hardware bancários será o W7, segundo o Verge. Mas o processo de troca deverá ser lento, e de acordo com o site e a empresa de software de caixas eletrônicos KAL, só 15% deles estará com o SO de 2009 instalado até abril nos Estados Unidos.

A demora está provavelmente relacionada aos custos – algumas companhias terão de trocar máquinas inteiras, já que parte das 420 mil delas nos EUA é bem antiga e simplesmente não suportaria o Windows 7. Os gastos ainda envolvem a capacitação de pessoal e, claro, a própria atualização.



Para evitá-los (ou adiá-los mais um pouco), alguns bancos comprarão da Microsoft os “contratos de suporte personalizado”, dando um ano ou mais de sobrevida ao XP – como é o caso do JPMorgan, citado pela Bloomberg Businessweek.

No Brasil – Segundo a própria assessoria de imprensa, o Banco do Brasil utiliza Linux em seus caixas eletrônicos, e o mesmo vale para a Caixa Econômica Federal. Os dois bancos estatais, portanto, ficarão longe de falhas causadas pelo fim do suporte ao Windows XP.

O problema está no caso dos particulares mais populares, como o Itaú, que tem o sistema operacional instalado em algumas de suas máquinas – e até o momento desta postagem, não havia confirmado quando as atualizaria. O Bradesco, por sua vez, informou que já “iniciou o processo de implantação do Windows 7 nos caixas de autoatendimento”.


domingo, 19 de janeiro de 2014

Marco Civil mostra urgencia com a queda da neutralidade de rede nos EUA






'Fim da neutralidade nos EUA reforça importância de lei, diz Molon


Deputado Alessandro Molon (PT-RJ) defende lei que garanta a neutralidade da rede

Um tribunal de apelos dos Estados Unidos determinou inválidas nesta terça-feira (14) as regras da FCC (Comissão Federal de Comunicações, na sigla em inglês) que determinam a neutralidade da rede. Essa isonomia no tratamento de dados também está prevista no projeto do Marco Civil da Internet e, por isso, vem sendo bastante discutida no Brasil.

Para o deputado Alessandro Molon (PT-RJ), relator da proposta local, a decisão dos EUA enfatiza a importância de uma lei específica para tratar do assunto.

"A decisão só reforça a necessidade de garantir a neutralidade da rede por lei, e não por uma norma inferior a uma lei, como um regulamento. É justamente isso que o Marco Civil vai fazer. Ao aprová-lo, o Brasil consolidará seu protagonismo nesta área [...], servindo de exemplo para outros países, inclusive os EUA", afirmou em nota enviada ao UOL Tecnologia.



Renato Opice Blum, advogado especializado em direito digital, afirma que a decisão terá pouco impacto na internet brasileira. Isso porque a definição dos EUA contempla uma questão técnica sobre a regulamentação dos serviços de telecomunicações e informação. No Brasil, esse tipo de regulamentação já está definido e é feito pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

"Em último caso, a questão será levada até a Suprema Corte e os Estados Unidos terão de criar uma lei para tratar do assunto", disse em entrevista por telefone o advogado, que está na filial de seu escritório na Flórida (EUA). 

O Sinditelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal) disse ainda estar analisando os impactos da decisão norte-americana. Mas se manifestou em nota ao UOL Tecnologia, dizendo apoiar "toda inciativa que venha a dar flexibilidade na oferta de serviços à população e sociedade em geral, que incentive o investimento na expansão e modernização das redes que dão suporte à internet e garantam os princípios da livre inciativa e da livre concorrência".



O sindicato acredita que a iniciativa da Justiça norte-americana terá impacto no Brasil. "É mais uma evidência [...] de que a neutralidade deve ser tratada levando-se em conta a evolução da internet, as novas aplicações, a necessidade de se atender requisitos especiais para determinadas aplicações, e jamais interferindo no modelo de negócios das operadoras e muito menos na gestão de suas redes."

Neutralidade

A neutralidade prega que todo o tráfego da internet seja tratado de forma igualitária por quem fornece a conexão ao usuário (ou seja, as operadoras de internet fixa e móvel). Nos EUA, assim como no Brasil, a questão divide as empresas que fornecem conexão à internet e provedores de internet. As teles reivindicam o direito de vender pacotes de internet, enquanto os provedores defendem que a oferta de conteúdo deve ser neutra.



Sem neutralidade, as teles poderiam oferecer ao usuário de internet no celular um pacote mensal de acesso ilimitado a uma única rede social ou a sites específicos. Os provedores alegam que a prática limita a liberdade e impede que empresas de conteúdo digital ganhem espaço no mercado (quem acessa o Facebook dentro do pacote, por exemplo, dificilmente experimentaria outras redes sociais).

O conceito tem a ver com acesso a conteúdo, não com velocidade. Com ou sem neutralidade, as empresas podem oferecer diferentes taxas de conexão (1 Mbps, 5 Mbps ou 10 Mbps, por exemplo).

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a neutralidade era até então garantida pela FCC. Com a decisão do tribunal do distrito de Columbia, desta terça, o órgão deixa de ter autoridade legal para exercer essa atividade - não foi oficialmente determinado, no entanto, o fim da neutralidade. A determinação foi motivada por um processo aberto pela operadora Verizon, e a FCC considera recorrer.

"Estou comprometido em manter nossas redes como máquinas para o crescimento econômico, como espaço de testes para serviços e produtos inovadores e como canais para toda forma de discurso protegido pela primeira emenda [que garante a liberdade de expressão nos EUA]", afirmou em nota Thomas Wheeler, presidente da FCC.



Ele disse ainda que considera todas as opções disponíveis, inclusive recorrer. O objetivo é "garantir que as redes das quais a internet depende continuem oferecendo uma plataforma livre e gratuita para inovação e expressão".

Também em nota, a operadora Verizon afirmou que "a decisão de hoje [terça] não muda a forma como os internautas norte-americanos usarão a internet. "A decisão da Justiça permitirá mais espaço para inovação, e os consumidores terão mais opções para determinarem sozinhos como acessarão e usarão a internet", diz o comunicado.

Brasil

No Brasil, a neutralidade é o principal entrave para votação do Marco Civil da Internet.

O deputado federal Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB na Câmara, defende que esse conceito encarece o acesso dos brasileiros à internet. "Se for necessário oferecer uma infraestrutura igual para todo mundo, de forma ilimitada, tenho de oferecer a maior. Alguém vai pagar a conta e óbvio que isso aumenta o custo para o usuário", disse em novembro, durante comissão geral no Plenário da Câmara.



Molon nega que o Marco Civil possa ter esse efeito e diz que a falta de neutralidade é "preconceito contra pobre". Segundo o relator, o encarecimento só será uma realidade caso o projeto não seja aprovado. "[Nesse caso] As empresas poderão oferecer internet fatiada e cobrar preços extras pelo tipo de conteúdo que se queira acessar."


sábado, 18 de janeiro de 2014

A seguranca na Rede atinge niveis de protecao alarmantes

Ameaça à segurança na rede atinge nível alarmante, diz Cisco

A partir de outubro de 2013, o total acumulado de alertas anuais aumentou 14% ano a ano, desde 2012, segundo o Relatório Anual de Segurança 2014 da Cisco
As ameaças criadas para tirar vantagem da confiança dos usuários em sistemas, aplicativos e redes pessoais chegaram aos níveis mais altos desde 2000.

A partir de outubro de 2013, o total acumulado de alertas anuais aumentou 14% ano a ano, desde 2012, segundo o Relatório Anual de Segurança 2014 da Cisco, divulgado nesta quinta-feira, 16, que revela ainda uma carência mundial de aproximadamente um milhão de profissionais capacitados em segurança, o que está impactando a habilidade das organizações para monitorar e assegurar redes.



A pesquisa da Cisco mostra que, dos malwares móveis, 99% deles foram direcionados a dispositivos com sistema operacional Android. Com 43,8%, o Andr/Qdplugin-A foi o malware móvel encontrado com mais frequência, normalmente via aplicativos maliciosos distribuídos por marketplaces não oficiais.

Trojans de múltiplos propósitos foram os malwares entregues pela web encontrados com mais frequência, com 27% do total encontrado em 2013. Scripts maliciosos, como exploits e iframes, formaram a segunda categoria encontrada com mais frequência, 23%.

Trojans de roubo de dados como ladrões de senha e acesso clandestino a computadores atingiram 22% do total de malwares encontrados.



O Java continua sendo a linguagem de programação explorada com mais frequência por criminosos online.

O relatório ainda indica que 100% de uma amostra de 30 das maiores empresas multinacionais geraram um tráfego de visitantes a websites que hospedam malware, sendo que 96% das redes revisaram o tráfego comunicado a servidores invadidos. Do mesmo modo, 92% transmitiram tráfego para páginas web sem conteúdo, que costumam hospedar atividades maliciosas.

Por fim, com relação a setores de negócios específicos, embora fabricantes de eletrônicos, indústria farmacêutica e química tenham, historicamente, altas taxas de detecção de malware, o relatório revela que, entre 2012 e 2013, houve um crescimento notável nas detecções de malware nas indústrias de mineração e agricultura.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Terceira idade torna-se o principal publico do Facebook



Quando Zuckerberg criou a rede enquanto estudava em Harvard provavelmente nunca pensou na terceira idade como o principal nicho de mercado de sua plataforma


Getty Images
Idosa usando o computador
Idosa: embora os jovens ainda sejam os principais usuários das redes sociais, os números não mentem: o potencial de crescimento é muito maior na terceira idade


Quando Mark Zuckerberg criou o Facebook enquanto estudava em Harvard provavelmente nunca pensou na terceira idade como o principal nicho de mercado de sua plataforma, mas, quase uma década depois, o futuro desta rede social depende cada vez mais de sua implantação entre as idosos.

Em 2013, os maiores de 65 anos foram o grupo demográfico que mais cresceu na maioria das redes sociais nos Estados Unidos, incluindo Facebook e Twitter, um aumento que contrasta com uma leve diminuição no número de usuários mais jovens, segundo um levantamento do Centro de Pesquisas Pew divulgada recentemente.

Desta forma, os jovens já não só compartilham o espaço virtual com seus pais e tios, mas também com seus avôs.

A pesquisa revela que, embora o Facebook continue reinando entre as redes, seu alcance é tão grande que começa a tocar o teto.



Além disso, um crescente número de usuários já divide seu tempo entre várias redes sociais: são os sinais do desgaste que implica sua liderança.

Segundo o Pew, 71% dos internautas americanos têm um perfil no Facebook, o que representa 4% a mais do que no final de 2012, mas este aumento se deve unicamente aos maiores de 30 anos e, sobretudo, a sua expansão entre os maiores de 65 anos.

A porcentagem de usuários maiores de 65 anos na rede criada por Zuckerberg nos Estados Unidos cresceu 10% no último ano e já alcança 45% dos que navegam pela internet com essa idade.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Operadoras ampliam servicos WI-FI para desafogar 3G e 4G




Operadoras ampliam Wi-Fi para desafogar rede 3G e 4G
Operadoras pretendem ampliar número de pontos de acesso como forma de melhorar o serviço em um ano com aumento do uso de dados
Luciana Bruno, da

SeongJoon Cho/Bloomberg
Pessoa usa smartphone: investimentos para a instalação de pontos de Wi-Fi, os chamados hotspots, em lugares públicos e privados são até 10 vezes menores

Com o objetivo de descongestionar suas redes móveis, as operadoras de telefonia no Brasil pretendem ampliar em 2014 o número de pontos de acesso à Internet que utilizam a tecnologia Wi-Fi, como forma de melhorar o serviço em um ano em que prevêem aumento do uso de dados devido à Copa do Mundo.

Os investimentos para a instalação de pontos de Wi-Fi, os chamados hotspots, em lugares públicos e privados são até 10 vezes menores que os necessários para a instalação de redes 3G e 4G, segundo analistas. No entanto, por terem cobertura limitada, essas redes são vistas como complementares aos serviços de Internet móvel das operadoras, e não como substitutas.

A Claro, do grupo América Móvil, pretende ampliar a sua rede de hotspots lançada em maio de 2013. A empresa tem atualmente 6 mil pontos de conexão no país, segundo o diretor de serviços de valor agregado da operadora, Alexandre Olivari. Todos estão localizados em lugares públicos de grandes centros urbanos.

"Devemos ampliar os investimentos em hotspot este ano, mas daremos agora foco maior em Wi-Fi indoor do que outdoor", disse Olivari, citando como exemplo aeroportos, restaurantes e shoppings centers. "O Wi-Fi serve como um complemento para a falta de espectro no 3G e 4G", completou.

Para a Copa do Mundo, a Claro negocia acordos com operadoras internacionais para que visitantes estrangeiros tenham acesso às redes sem fio no Brasil. A Claro também instalará em parceria com concorrentes redes Wi-Fi em mais da metade dos 12 estádios que receberão jogos durante o Mundial.

Rede Pequena

Apesar do recente interesse das operadoras, a rede Wi-Fi brasileira é considerada pequena se comparada a outros países. Números da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de dezembro de 2013, citados pela Consultoria Teleco, apontam 158,9 mil hotspots no Brasil.


A Oi responde por quase 96 por cento dos hotspots do país, com 152,5 mil pontos, ainda segundo números da Anatel citados pela Teleco.

A empresa, no entanto, afirma ter encerrado 2013 com 500 mil hotspots -- saindo de 27 mil em 2012 -- e que irá atualizar os dados junto à Anatel neste mês. A empresa não deu previsões para este ano por estar em período de silêncio devido à fusão com a Portugal Telecom.