quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Internet não dorme... só nos países pobres


Internet não dorme... só nos países pobres

Um estudo relaciona horários de conexões com o desenvolvimento econômico das nações

Quando o dia avança, os IPs desconectados (em azul) se ativam (em vermelho). As zonas em branco correspondem a IPs sempre conectados. / JOHN HEIDEMANN / USC VITERBI ISI
internet nunca dorme e, quando isso acontece, é nos países menos desenvolvidos. Um estudo com quase 25% das conexões totais na rede mostra que quando os cidadãos dos países ricos dormem, deixam seus computadores conectados. No resto do mundo, as máquinas são desligadas.
A equipe do professor John Heidemann, do Instituto das Ciências da Informação da Escola Viterbi de engenharia da Universidade do Sul da Califórnia, está há mais de uma década calculando a dimensão da internet. Conduzem as pesquisas contando os endereços IP (sigla em inglês para Protocolo de Internet). A função desses números não é muito diferente dos endereços postais, já que servem para distribuir os pacotes (neste caso de dados) de forma correta.
Um endereço IP é formado por uma série de quatro números separados por pontos e que podem ir de 0.0.0.0 até 255.255.255.255. Isso faz com que as combinações possíveis de endereços superem quatro bilhões. Todo computador, sistema, sub-rede ou site tem seu próprio endereço IP. As autoridades da Internet os distribuem por blocos às operadoras e estas vão direcionando os endereços aos seus grupos de clientes. Heidemann e sua equipe realizaram um estudo com quase 25% deles para saber quando a internet dorme.

"Os computadores podem responder ou não, se o fazem sabemos que existe uma máquina ali", explica Heidemann. "Com esses testes, podemos estimar quantos endereços estão ativos", acrescenta. Ao obter o momento exato de cada resposta, os pesquisadores puderam traçar um mapa temporário da internet. "Os blocos diurnos têm um padrão de crescimento e declínio a cada 24 horas", diz.Durante 35 dias e a cada 11 minutos enviaram uma pergunta usando o protocolo de mensagens de controle da Internet (ICMP), que os técnicos usam para saber se um equipamento está conectado, desligado ou off-line, a 3,7 milhões de blocos, quer dizer, quase 950 milhões de endereços IP.

Os pesquisadores resumiram os resultados do estudo em um vídeo onde é possível ver (em branco) os endereços IP que nunca descansam e como os demais passam do azul (inativos) ao vermelho, quando se conectam, coincidindo com o início do dia.Segundo seu estudo, que será apresentado nos próximos dias em uma conferência sobre medições da internet, a rede quase nunca dorme. Apenas 11% dos blocos analisados apresentam um padrão diurno confirmado, com picos de uso pela manhã ou pela tarde. Embora outros 25% de máquinas apresentem algum tipo de atividade pela noite, o resto simplesmente vai dormir. Seus usuários e donos as desconectam ou deixam que entrem em repouso.
O que mais chama a atenção é que a imensa maioria de endereços IP que continuam despertos a noite toda pertencem a equipamentos no Japão, Coreia, Europa Ocidental e Estados Unidos. Nos países mais desenvolvidos se impõe o always-on ou sempre conectado. Embora os computadores dos escritórios sejam desligados, nos lares isso não acontece. Muitos sistemas profissionais continuam ativos e, portanto, os endereços IP que sinalizam um site nunca descansam. Os pesquisadores também destacam a importância dos celulares avançados que, por padrão, estão sempre conectados.
Acima, distribuição geográfica de direções IP. Abaixo, os blocos de uso diurno. J. Heidemann/USC.
Não acontece o mesmo no resto do mundo. Com exceção da Coreia do Sul, o resto da Ásia Continental, da Europa Oriental e da América Latina apresenta um padrão marcadamente diurno. Quase não há dados para a África. Em termos relativos, o número de endereços IP usado é muito menor mas, além disso, a maioria entra em repouso durante a noite. Na China, por exemplo, 48% dos endereços IP param de trabalhar à noite, porcentagem que aumenta se são levadas em conta as conexões predominantemente diurnas. Por outro lado, nos Estados Unidos apenas 0,2% dos endereços são exclusivamente diurnos.
"Ainda estamos estudando por que isso acontece", destaca Heidemann. "Vemos uma correlação entre as redes diurnas e um PIB per capita baixo, por isso a economia é um fator", acrescenta. De fato, em sua análise foram introduzidas diferentes variáveis como o consumo de eletricidade, o PIB ou a data em que os blocos de endereços foram concedidos. Comprovaram que a correlação mais forte se dava com o PIB per capita. Nos 20 países com maior quantidade de blocos diurnos, essa relação é inferior a 15.000 dólares (37.000 reais), muito mais baixa do que os mais de 11.208 dólares (cerca de 28.000 reais) do Brasil.
Mas há outros fatores, talvez também relacionados com a economia. "Uma razão é a sofisticação da rede. As tecnologias de banda largaalways-on como o cabo ou a fibra ótica que chegam até as casas estão projetadas para que nunca se desconectem, enquanto as conexões telefônicas que são compartilhadas com as chamadas de voz foram projetadas para serem usadas ocasionalmente", destaca o professor. As políticas corporativas também têm influência. "Em alguns países, as companhias de telecomunicações não apostam [no sistema] sempre conectado e nos endereços IP estáticos", acrescenta.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

A neurociência já pode predizer o comportamento. Mas deve fazê-lo?

A neurociência já pode predizer o comportamento. Mas deve fazê-lo?



Um bebê de seis meses com um capacete de eletrodos para registrar sua atividade cerebral. 


Ler a mente das pessoas talvez seja a aplicação mais futurista e mais estarrecedora das técnicas de neuroimagem que estão em rápido desenvolvimento atualmente. Mas há outra que pode ser mais útil em curto prazo: a predição do comportamento. Os neurocientistas já estão em condições de utilizar uma série de medidas da função cerebral (neuromarcadores) para prever o futuro rendimento escolar de uma criança ou de um adulto, suas aptidões de aprendizagem e suas habilidades. E também suas tendências ao vício e ao crime, seus hábitos insalubres e sua resposta ao tratamento psicológico ou farmacológico. O objetivo dos cientistas não é chegar à sociedade policial caricaturada em Minority Report, mas personalizar as práticas pedagógicas e clínicas para torná-las muito mais eficazes e favoráveis às pessoas.


Mas essa cartografia das funções mentais experimentou uma explosão em tempos recentes com o advento das técnicas não invasivas de neuroimagem, que descobriram, em milhares de experimentos, as regiões —e associações entre áreas— implicadas na percepção, no conhecimento, no pensamento moral, no comportamento social e na tomada de decisões econômicas, assim como as peculiaridades da estrutura e da função cerebral subjacentes aos transtornos psiquiátricos mais comuns, e a mera diversidade humana que se distribui dentro do leque ‘normal’ e depende de idade, sexo, personalidade e cultura. E também da genética.“Durante mais de um século”, escrevem na revista Neuron o neurocientista John Gabrieli e seus colegas do MIT (Massachusetts Institute of Technology, em Boston), “compreender o cérebro humano dependeu de danos neurológicos ocorridos de maneira natural, ou das consequências imprevistas da neurocirurgia”. Graças a esse tipo de casos, alguns muito famosos entre os neurologistas, foi possível determinar o papel essencial para a linguagem que tem o córtex pré-frontal esquerdo (a célebre área de Broca), por exemplo, ou as regiões envolvidas no comportamento social, a tomada de decisões ou a construção de novas memórias.


Por exemplo, uma medição com um simples capacete de eletrodos (completamente não invasiva e chamada ERP, event-related potential, ou potencial de eventos relacionados), realizada 36 horas depois do nascimento do bebê e que determina sua resposta cerebral aos sons da fala, é capaz de predizer com 81% de acerto que as crianças desenvolverão dislexia aos oito anos. E portanto permitiriam aplicar programas educativos especiais a essas crianças durante os primeiros oito anos de vida, um período crucial para o aprendizado da linguagem e compreensão da leitura. Estratégias similares podem ser aplicadas à aprendizagem da matemática e à música, na qual também as diferenças entre crianças são notáveis.O que Gabrieli e seus colegas do MIT propõem é utilizar esse acervo tecnológico capaz de medir a neurodiversidade humana para predizer o comportamento das pessoas. “Essa predição”, diz Gabrieli, “pode resultar em uma contribuição humanitária e pragmática para a sociedade, mas isso vai exigir uma ciência rigorosa e uma série de considerações éticas.”
Outro exemplo importante é a predição das tendências ao crime —o que é tudo, menos novidade. “O sistema judicial”, explica Gabrieli, “já está cheio de pedidos (por parte dos juízes, promotores e advogados de uma das partes) de predição de comportamento do réu, que são usados para elaborar pareceres sobre que fiança impor, que sentença proferir ou que regime de liberdade condicional impor”.


E que servem também para revelar os profundos e delicados problemas éticos que a proposta dos cientistas de Boston suscita. A questão principal é encontrar formas legais de garantir que toda essa informação preditiva seja utilizada para ajudar os cidadãos, e não para que as empresas ou instituições selecionem as pessoas que têm mais probabilidades de sucesso. Esse, de fato, é um problema tão difícil que cabe perguntar-se se a neuroimagem vai causar mais problemas do que benefícios sociais.Tudo isso já existe, mas se baseia em pareceres de especialistas que, atualmente, são tremenda e comprovadamente imprecisos. As análises de neuroimagem que medem o grau de impulsividade do sujeito, seu controle cognitivo e sua capacidade de resolução de conflitos cognitivos, entre outros, têm o potencial de embasar a decisão do juiz com uma precisão muito maior do que os atuais pareceres de especialistas. São apenas alguns exemplos das possibilidades dessa técnica.

Toda nova técnica propõe no fundo o mesmo dilema ético: ela pode ser bem ou mal usada. Se a experiência serve para alguma coisa, cabe imaginar que, no final, as duas coisas vão acontecer. Eis aqui um bom material para roteiristas inteligentes.Mas Gabrieli e seus colegas não pensam assim, pela simples razão de que as práticas atuais já são muito questionáveis. “Demonstrou-se”, argumentam os cientistas, “que as decisões sobre liberdade condicional tomadas inclusive pelos juízes mais experientes são afetadas por fatores como a hora do dia e a proximidade da hora de comer”. Um critério objetivo de neuroimagem sempre será melhor do que essa roleta, opinam os pesquisadores do MIT.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A era da TV vai provavelmente acabar até 2030, aposta CEO da Netflix

A era da TV vai provavelmente acabar até 2030, aposta CEO da Netflix

Reed Hastings não arreda pé de que o streaming é o futuro da programação de TV

Ah, a TV. Tão poderosa hoje em dia, e em vias de encerrar logo mais a sua importância. Ou pelo menos assim é que Reed Hastings vê a situação.
Assim que a Nielsen Ratings divulgou que iria começar a contabilizar os programas assistido pela Netflix em suas medições mensais de televisão, Reed não viu nada demais nisso. Pode até ser uma modernização incrível para a NIelsen, mas o CEO da Netflix está super confiante no futuro do serviço, a ponto de especular quantos anos de glória ainda restariam para a TV como a conhecemos hoje.
“A era da TV broadcast vai provavelmente durar até 2030”, especula ele, fazendo uma curiosa comparação com a Netflix. “É como a época das charretes puxadas a cavalo, sabe? Era muito bom, até que veio o carro”, analisa ele, colocando a Netflix, obviamente, como o carro da história.
O problema principal reside no fato de que a Nielsen pretende contabilizar a Netflix de um jeito, no mínimo, estranho: a empresa vai capturar o áudio das televisões domésticas para determinar o que elas estão vendo, o que tira da conta quem está assistindo silenciosamente em seu tablet ou no seu notebook, usando fones de ouvido. Ou seja, apenas uma pequena fração do que é visto via Netflix aparecerá contabilizado pela Nielsen.
Uma medição sofrivel, mas que evidencia a necessidade da Nielsen de se adequar aos novos tempos. Se depender de Reed, eles precisam acelerar: 2030 tá ai!

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O fim da era das senhas



O fim da era das senhas



Emilio Martínez mostra o programa de senha por voz.
SANTI BURGOS

com El Pais, Madrid


Com os ataques contra dados como o da Sony, o maior ataque cibernético sofrido por uma empresa, ou o que sofreu a Apple há alguns meses, quando dezenas de fotos privadas de atrizes de Hollywood foram roubadas e difundidas por todos os cantos da rede, falar de Internet e segurança tornou-se quase um paradoxo, uma contradição em termos. A maioria dos especialistas acredita que o atual sistema de senhas da rede caducou pois é incômodo para os usuários e, como fica cada vez mais claro, por sua falta de confiabilidade. O futuro está nos sistemas de dupla autenticação e nabiometria, campo no qual várias empresas espanholas estão na vanguarda. Enquanto isso, todos os especialistas em segurança dão o mesmo conselho: gerar senhas mais complexas para, na medida do possível, impedir o trabalho de ladrões de dados.

Como escreveu o especialista em informática do The New York Times, Farhad Manjoo, “não envie um e-mail, não suba uma foto na nuvem, não envie uma mensagem de texto, pelo menos se tiver alguma esperança de manter sua vida privada”. O problema é que cada vez temos mais dados importantes na Internet, sejam bancários, profissionais ou pessoais, e eles estão cada vez mais expostos. O site www.databreaches.net estima que ocorreram 30.000 roubos de dados em todo tipo de empresas nos últimos dez anos, com uma inquietante aceleração em 2013 e 2014. Javier García Villalba, professor do Departamento de Engenharia de Software e Inteligência artificial Universidade Complutense de Madri, diz: “Uma senha sozinha não oferece mais segurança suficiente. Os ataques informáticos comprometem por igual qualquer senha, seja boa, má ou média.”

Então, se as senhas morreram, qual é o futuro? “Os especialistas determinam que existem três fatores de autenticação, que são definidas por algo que sabemos, algo que temos e algo que somos”, explica Daniel Firvida, coordenador de operações do Instituto Nacional de Segurança Cibernética (Incibe), empresa estatal vinculada ao Ministério da Indústria, Energia e Turismo, cuja missão é reforçar a segurança das informações na Internet. Algo que sabemos seria a senha tradicional, algo que temos seriam os cartões de coordenadas ou aplicações para gerá-los que são usados atualmente por quase todos os bancos, que exigem uma dupla autenticação antes de qualquer operação importante, e algo que somos seria a biometria, a autenticação através da voz, impressão digital ou íris.“As senhas são consideradas inseguras praticamente desde seu nascimento”, diz Alejandro Ramos, professor de Mestrado em Segurança das tecnologias da Universidad Europea de Madri. “O problema é que se utilizaram em todos os sistemas de informação e nos acostumamos a seu uso. Mudar e aprender novos métodos de autenticação não é simples e esse é o motivo principal pelo qual hoje em dia elas continuam a ser utilizadas.” Um estudo da empresa norte-americana Fortinet, especializada em sistemas de segurança reforçada, garante que cada usuário opera pelo menos 25 sites com senhas, mas apenas 6,5 chaves diferentes em média, o que enfraquece ainda mais a proteção. “O objetivo é encontrar soluções tecnológicas para remover senhas que dificultam muito o movimento pela web”, explica o diretor do PayPal na Espanha (a principal empresa de pagamentos pela internet), Estanis Martín de Nicolás. Javier Barrachina, gerente de produto da empresa FacePhi, uma startup que desenvolveu um sistema de reconhecimento facial via celulares que acaba de ser comprada pela Associação de Bancos do Peru (ASBANC), que reúne 16 organizações, é taxativo. “O fim das senhas é inevitável. Antes tínhamos que aprender dezenas de números de telefone de memória, agora isso parece inconcebível. Também funciona a favor das pessoas.”

As senhas estão mortalmente feridas, mas não mortas”, diz Emilio Martinez. “Já existem as normas tecnológicas e de padrões de pagamento que nos permitem ir substituindo, mas sua incorporação é lenta”, acrescenta. Martínez lembra como foi evoluindo a indústria de pagamento, desde os velhos tempos quando uma assinatura era suficiente para usar um cartão de crédito – lembrar agora os velhos aparelhos que deixavam uma reluzente cópia de papel carbono brilhante do cartão coloca os cabelos em pé – até a incorporação gradual dos chips nos cartões de crédito – que foram criados, em 1998, mas demoraram mais de dez anos para se generalizar. A chave é não só incorporar sistemas de segurança mais sofisticados usando os sensores que dispõem os telefones para capturar voz, imagem ou impressões digitais – os cálculos da indústria indicam que em 2017 haverá 990 milhões de celulares que incorporam estes sistemas –, mas no modo de armazenar a informação. Para os especialistas, um avanço essencial é implementar sistemas que façam com que as empresas não armazenem senhas, que só o cliente as tenha – é o que se chama de senhas fechadas e abertas. Assim, mesmo que sofra um ataque, o dano seria muito menor do que agora.Do oitavo andar da Gran Vía, oferecendo uma vista deslumbrante de Madri, Emilio Martinez, CEO da empresa madrilena Agnitio, oferece uma visão de um futuro que já faz parte do presente. Sua empresa, conhecida por um programa de reconhecimento de voz usado pela polícia em quase 40 países, criou um programa sofisticado para substituir senhas pelo reconhecimento de voz dentro da aliança internacional FIDO, o mais ambicioso projeto para dar um salto à frente na segurança na Internet. Impulsionada por PayPal e gigantes como Google, Microsoft, Samsung, Visa, MasterCard, Alibaba, BlackBerry e Bank of America entre seus membros, o objetivo desta aliança é oferecer novos métodos de segurança que se transformem em padrões para pagamento ou manipulação de dados. A Apple, por meio do ApplePay que está incorporado nos EUA a seus novos dispositivos como o iPhone 6, também permite novas formas de pagamento, com uma segurança muito mais sofisticada. Este telefone, como o mais recente modelo da Samsung, já está desbloqueado com um sistema biométrico e permite realizar pagamentos apenas com a impressão digital como identificação.

O problema é que a biometria ainda apresenta muitos desafios: é mais fácil usá-la em um telefone que em uma página da web e deve ser incorporada amplamente pela indústria, de comércios até bancos ou empresas que lidam com informações sobre a web (basicamente todas). Como Javier García Villalba explica, “tudo bem para entrar em um edifício, mas não para se conectar com Melbourne.” “Por enquanto o mais seguro parece ser o uso do que se chama autenticação de dois fatores, onde, além de uma senha ou um algo que o cliente possua como uma calculadora, o celular. Isso faz com que o comprometimento de uma senha cause menos dano e, apesar de não ser um sistema totalmente confiável, oferece muito mais segurança”, acrescenta este professor da Complutense






domingo, 11 de janeiro de 2015

EUA querem definir 25 Mbps como velocidade mínima da banda larga

Estados Unidos querem definir 25 Mbps como velocidade mínima da banda larga

Data: 09.01.2015
Estados Unidos querem definir 25 Mbps como velocidade mínima da banda larga


A legislação atual define os 4 Mbps como débito mínimo para um serviço de Internet de banda larga. No ano passado a Comissão Federal das Comunicações já tinha proposta uma alteração a este limite mínimo, para os 10 Mbps mas acabou por não conseguir fazer valer a ideia, graças à oposição dos operadores.


Na altura, empresas como a AT&T defenderam que não há uma razão objetiva para considerar que um débito inferior a 10 Mbps (e superior ao atual limite de 4 Mbps) não garanta um serviço avançado e como tal definido pelas empresas como banda larga.


Se a proposta da FCC for aceite, os operadores passam a poder apresentar apenas apresentar como serviços de banda larga ofertas com débitos superiores a 10 Mbps no download para 3 Mbps no upload, contra os 4 Mbps no download e 1 Mbps no upload definidos por enquanto.


A alteração, defende a FCC "reflete as necessidades atuais dos consumidores, os desenvolvimentos do mercado e os avanços tecnológicos", detalha um documento citado pela Zdnet.


De acordo com a Zdnet, se a proposta for aprovada o novo limite mínimo não será imposto às empresas que venham a desenvolver infraestruturas de banda larga ao abrigo de programas federais de apoio, o que deverá ser um alívio para os operadores, já que nas zonas onde estes programas estão a favorecer o surgimento das novas redes as infraestruturas instaladas oferecem débitos inferiores.


A proposta da FCC constará do relatório anual de progresso da banda larga. Aí constará uma análise à cobertura de Internet no país, onde se revela que em 53% das ligações de banda larga nas zonas rurais dos Estados Unidos oferecem menos de 25 Mbps. Nas zonas urbanas, 8% da população não tem acesso a ligações com este débito e a nível nacional são 17%.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Conceitos inovadores serao o foco futuro da Consumer Eletronics Show -CES

CES vislumbra o cenario futuro baseado em conceitos inovadores.
Para este ano, a Consumer Electronics Show (CES 2015) em Las Vegas poderá viver um ponto de inflexão, deixando de ser uma feira centrada em lançamento de hardware e passando a indicar uma guinada para onde a indústria irá "fazer a diferença" na vida dos usuários.

É o que afirmou o diretor de pesquisas e chefe economista da Consumer Electronics Association (CEA), Shawn Dubravac, durante palestra de abertura do evento neste domingo, 4. Na visão dele, cinco pilares serão persistentes em 2015: computação ubíqua, armazenamento barato, conectividade, proliferação de dispositivos e mais sensores.

"A CES era um evento de apresentar devices, e estamos agora mudando, um ponto de inflexão, o foco não é mais no que pode ser feito tecnologicamente, mas o que pode ser significativo, o que deveria ser digitalizado", afirma. Para tanto, ele prevê subtendências como a micropersonalização para equipamentos domésticos conectados, impressão 3D, TVs 4K, drones e wearable devices. "Teremos 10,8 milhões de smartwatches vendidos em 2015 e um aumento de 400% no número de fabricantes (exibindo produtos) na CES neste ano", destaca.

Dubravac também estima que haverá maior utilização de Big Data para promover essa personalização em outras plataformas, como implantação da computação contextual, a adoção de personalização adaptável ao contexto (para carros inteligentes, por exemplo), e a utilização de análise preditiva. Ele alega que houve uma grande adoção na diversidade da inovação na última década. "O que vemos agora é a fragmentação, é o foco em objetos que podem ter saturação de 20% a 40%", declarou ele.

Para 2015, ele aponta como as principais tendências o debate sobre o que digitalizar depois, como promover a conectividade, onde implantar sensores e qual o cenário de uso desses eletrônicos.

com Tela Viva